Possibilidade de a região entrar em um processo de savanização, com impactos devastadores, assombra líderes globais.
O termo ‘ponto de não retorno’ ecoou nas discussões da recente Cúpula da Amazônia, em Belém, levantando preocupações sobre a floresta amazônica ultrapassar um limite crítico de desmatamento. Líderes, incluindo a ministra do Meio Ambiente Marina Silva, alertaram para a possibilidade de a região entrar em um processo de savanização, com impactos devastadores.
Na recente Cúpula da Amazônia realizada em Belém, um termo preocupante ressoou entre os líderes presentes: o ‘ponto de não retorno’.
A ministra brasileira do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, expressou a apreensão compartilhada por diversos países sobre esse conceito crítico.
A preocupação central gira em torno da possibilidade de a Amazônia ultrapassar um limiar insustentável de desmatamento, o que resultaria em consequências irreversíveis.
“A Amazônia não pode cruzar o ‘ponto de não retorno’”, alertou Marina Silva durante a Cúpula. Esse ponto crítico, estimado em um índice de desmatamento de 25%, marcaria o início de um processo de savanização da floresta.
A ministra ressaltou que isso desencadearia uma destruição ambiental de grandes proporções, destacando a seriedade do risco envolvido.
A Declaração de Belém, documento resultante da cúpula, refletiu a urgente necessidade de cooperação internacional para evitar esse potencial catástrofe, porém, a Amazônia historicamente enfrenta os impactos predatórios da atividade humana.
Um estudo conjunto de cientistas e líderes indígenas alerta para um possível colapso da região já em 2029, o que teria implicações dramáticas para um bioma que representa 75% do PIB da América do Sul.
A relevância ambiental da Amazônia transcende fronteiras. Marina Silva enfatizou que a floresta é essencial para o equilíbrio global, influenciando sistemas climáticos e padrões de chuva.
Ela destacou que a preservação desse ecossistema é crucial para evitar uma série de impactos negativos, incluindo a transformação de regiões em desertos.
A questão dos financiamentos para a preservação ambiental também foi abordada. A Declaração de Belém ressaltou a importância de uma política ambiental coordenada e incentivou o financiamento de programas de combate a atividades ilegais que prejudicam o ecossistema.
Algumas nações defenderam até a renegociação das dívidas externas como um incentivo para ações de preservação.
A Cúpula da Amazônia marcou um encontro de líderes após um hiato de 14 anos. Os participantes reconheceram que esse intervalo prejudicou ações conjuntas de preservação, evidenciando a urgência de esforços coordenados para a proteção da Amazônia.