Devastação na Amazônia: investigação revela rastro de desmatamento e grilagem

Foto/Imagem: Foto: Group Publishing

Desmatamento na Amazônia

A Polícia Federal investiga Bruno Heller, suspeito de ser o maior causador de devastação na Amazônia. Em três meses, ele teria derrubado uma área equivalente a 28 campos de futebol por dia, segundo relatório da PF. As atividades ocorreram em uma fazenda próxima a unidades de conservação e terras indígenas, gerando preocupações ambientais e sociais.

Uma extensa investigação da Polícia Federal aponta para um cenário alarmante na Amazônia: o pecuarista Bruno Heller está sob suspeita de ser responsável por uma devastação sem precedentes na região. 

De acordo com os dados levantados, em um período de apenas três meses, Heller teria desmatado uma área equivalente a 28 campos de futebol por dia, totalizando 2.710 hectares de floresta derrubados. 

Essa ação devastadora ocorreu em uma fazenda situada próxima a unidades de conservação e terras indígenas no interior do Pará.

A magnitude da destruição chama a atenção, pois um desflorestamento desse porte em tão curto período necessitaria de um considerável contingente humano e recursos financeiros expressivos. 

Estima-se que cerca de 60 trabalhadores estiveram envolvidos na tarefa de derrubar a mata. O uso de maquinário pesado também é apontado como elemento crucial para atingir tal taxa de desmatamento.

Essa expansão descontrolada para a devastação de uma área sensível ao lado de importantes zonas de preservação coloca em risco a biodiversidade da região, bem como, comunidades indígenas e tradicionais. A região desmatada apresenta uma série de desafios ambientais, desde a erosão do solo, até a perda de habitat para espécies raras e nativas.

A preocupação vai além dos impactos imediatos. Recuperar a área devastada, de acordo com cálculos dos investigadores e especialistas, exigiria um investimento de R$ 116 milhões. 

Esse montante seria necessário para restaurar o equilíbrio ecológico e a vitalidade da área, um processo que pode levar décadas.

Após sua prisão por posse ilegal de ouro e de uma espingarda sem registro, Heller foi liberto mediante pagamento de fiança. No entanto, sua trajetória inclui um histórico de multas ambientais que totalizam mais de R$ 12 milhões. 

As autoridades também estão buscando a apreensão de bens, incluindo fazendas e gado, para compensar parte dos danos causados.

A estratégia usada pelo grupo de Heller para ocultar suas atividades inclui o registro de propriedades em nome de terceiros, aparentemente sem relação com as atividades rurais. O objetivo seria escapar das penalidades legais e multas associadas ao desmatamento ilegal e à grilagem de terras públicas. 

Essa prática reflete as dificuldades de fiscalização e regulamentação que ainda prevalecem na região.

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