Em ação conjunta do Ibama, Forças Armadas, Polícia Federal e Funai, a operação Cayaripelos II desativou 50 embarcações usadas para o garimpo ilegal na região oeste do Amazonas. O prejuízo estimado aos infratores ultrapassa os R$ 100 milhões, revelando a magnitude do impacto econômico e ambiental dessa prática ilícita.
Uma operação abrangente de combate ao garimpo ilegal no Amazonas, liderada pelo Ibama em colaboração com as Forças Armadas, Polícia Federal e Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), resultou na desativação de 50 embarcações associadas a atividades ilícitas na Terra Indígena Vale do Javari, situada na região oeste do estado, próxima à tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia.
Essa ofensiva, realizada no âmbito da Operação Cayaripelos II, iniciada em 14 de julho de 2023, promoveu uma ação coordenada para conter a prática prejudicial do garimpo clandestino.
Durante as incursões, as equipes de fiscalização percorreram os rios Puretê e Jandiatuba, onde se depararam com 22 balsas-dragas afundadas pelos próprios garimpeiros como tentativa de resistência.
Outras 22 embarcações foram destruídas e seis inutilizadas pelos agentes ambientais, totalizando um impacto significativo na infraestrutura utilizada para a extração ilegal de ouro.
Essas balsas-dragas, que eram utilizadas para a exploração clandestina do ouro nos rios, desencadeavam a liberação de mercúrio durante o processo de extração. Esse metal pesado, prejudicial à saúde humana e ao meio ambiente, era empregado para separar o ouro de sedimentos.
A magnitude dos lucros gerados por essa atividade ilícita é alarmante, com as embarcações possivelmente rendendo mais de R$ 23 milhões mensalmente.
A operação resultou na apreensão de diversos materiais, incluindo ouro, balanças de precisão, armamento, munições, baterias, celulares e 644g de mercúrio.
O prejuízo infligido aos garimpeiros foi estimado em mais de R$ 100 milhões, demonstrando as consequências financeiras substanciais associadas ao garimpo ilegal.
Para garantir a eficácia das ações, a Operação Cayaripelos II contou com o apoio das forças militares da Colômbia, que uniram forças com as brasileiras para patrulhar a fronteira, impedindo a fuga dos infratores e facilitando as medidas de fiscalização.